EXPERIMENTOS SOCIAIS SIGILOSOS | Cortes do Venus

EXPERIMENTOS SOCIAIS SIGILOSOSCortes do Venus [OFICIAL]

O documentário – Três Estranhos Idênticos – conta a história de trigêmeos separados aos 6 meses no subúrbio de Nova Iorque, em 1961. Entregues pela mãe biológica a um orfanato da comunidade judaica. Eles sabiam que eram adotados, mas não que tinham irmãos, e suas famílias também não sabiam que eram gêmeos separados. Marta Müller Stumpf – Psicóloga clínica, Psicoterapeuta Psicanalítica especialista em Infância e Adolescência e Psicanálise das Configurações Familiares. Instituto de Ensino Horizontes

Por uma coincidência um dos gêmeos vai estudar numa universidade e começam a agir com ele como se já o conhecessem. O rapaz descobre que tem um irmão e mais adiante o terceiro irmão os encontra ao vê-los numa matéria de reencontro no jornal.

Esses fatos ocorrem em 1980, quando eles estão com 19 anos e a história surpreendente não para por aí… eles ainda vem a saber que foram vítimas de uma experiência, por um psiquiatra austríaco e sua equipe que queria entender o que mais afetava o ser humano ao longo do seu desenvolvimento, a genética ou o ambiente.

Além da história inicial desses irmãos, há uma exploração midiática, que para eles essa exposição talvez se confunda com a necessidade de mostrar e legitimar o encantamento de um pelo outro, encontrando semelhanças entre eles, restaurando esse elo roubado por algo que se diz ciência. “Ciência sin conciencia (ética) es una ruina”, escreveu Regina Bayo-Borràs Falcón.

Sabe-se que gêmeos interagem desde a décima quarta semana de gestação e essa interação justifica o fato de que, apesar de terem DNA idênticos, eles possuem impressões digitais distintas, justamente por essa interação, por essas marcas que ficam em suas mãos e, logicamente, em suas vidas.

Muitas são as variáveis para pensarmos o quão complexa foi essa descoberta, o processo de se conhecerem e reconhecerem, o ápice do reencontro, a separação inicial, o luto por tudo que não viveram, a ambivalência, as fantasias, a culpa em relação às famílias adotantes.

Em O Estranho, Freud já nos convidava a pensar sobre o grande desafio do reconhecimento do eu como diferente do outro, sendo o duplo uma garantia contra o desaparecimento do eu, uma garantia de imortalidade inicialmente, mas após uma ameaça de morte.

Ainda há muitos Roberts, Davis e Eddys espalhados por aí…

Nossa maior referência de duplo é a mãe e para os gêmeos essa questão se torna ainda mais complexa, pois o irmão se apresenta também como um duplo, um outro “si mesmo”, principalmente no caso de gêmeos univitelinos ou idênticos (que nunca são). Para Freud, a permanência numa relação que predomina a fusão levaria a uma espécie de morte, de não constituição da singularidade. Eddy veio a cometer suicídio, Robert e Davi se distanciaram, tendo grande resistência a aceitar o convite para o documentário.

Podemos pensar que para os trigêmeos tenha sido uma experiência de muitas rupturas, que os levaram a sonhar com uma fantasia de completude não suportada pela realidade, sendo todo o processo que passaram muito traumático, suas identidades roubadas por um processo de desmentida, em nome de uma ciência perversa, que descarta o inconsciente.

Como ser, se constituir sujeito, apropriado de sua identidade, com uma história tão fragmentada? Podemos pensar, como escreve Silvia Gomel, que estamos em eterna construção, cada vínculo que construímos durante a vida interfere na construção de nossa subjetividade.

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E se existissem outras espécies de humanos?

E se existissem outras espécies de humanos?Atila Iamarino

Por muito tempo, a nossa espécie não soube da existência de outros grupos de humanos que passaram pelo nosso planeta. Foi só no século XIX, por meio da descoberta de fósseis, que começamos a entender um pouco melhor da nossa história evolutiva.

No vídeo de hoje, Atila Iamarino conta sobre as descobertas de outras espécies de seres humanos, pertencentes ao gênero Homo, que habitaram e por muitos anos provavelmente coexistiram com a nossa espécie, os possíveis motivos de suas extinções e reflete sobre os paralelos entre a história evolutiva das espécies humanas e a história recente do humano moderno.

Humanize-se: O Mistério da Batata-Doce, Nerdologia, A origem do vira-lata caramelo, Noite formatada, Cerveja Amanteigada de “Harry Potter “, O HOMEM BICENTENÁRIO, Prêmio Darwin, Viajando na leitura! As Tranças de Bintou, Carta da Terra

O pai que deu maconha pro filho!?!

WeCann Summit – 21 a 24 de março. WeCann Academy

A WeCann Academy é uma comunidade global e um centro de formação em Medicina Endocanabinoide, que reúne especialistas de relevância nacional e internacional unindo de forma altamente qualificada conhecimento científico e experiência prática.

O objetivo é construir uma comunidade atuante a partir da troca de experiências que promovem novas possibilidades na Medicina, com formas seguras, eficazes e acessíveis de tratamentos baseados no Sistema Endocanabinoide, que visam minimizar o sofrimento de pacientes portadores de doenças crônicas e incapacitantes e promover bem-estar em larga escala.

Esse sistema, presente em todos os animais vertebrados há centenas de milhares de anos, apresenta papel regulatório vital em praticamente todos os processos fiosiológicos e patológicos dos seres humanos.

Estamos apenas no início dessa jornada, mas as evidências científicas e a robustez dos resultados observados diariamente na qualidade de vida de milhares de pacientes comprovam o potencial disruptivo dessa ferramenta terapêutica.

Embora o canabidiol (CBD) e o tetra-hidrocanabinol (THC) sejam os fitocanabinoides mais conhecidos e explorados até o momento, já sabemos que existem cerca de 150 canabinoides entre os mais de 550 compostos químicos da planta Cannabis.

O Sistema Endocanabinoide (SEC) está envolvido em praticamente todos os nossos processos fisiológicos e patológicos, através de um conjunto de receptores, ligantes e enzimas que atuam como sinalizadores entre as células. A função primordial desse sistema é restaurar a estabilidade das funções fisiológicas, de modo a (re)estabelecer a homesostase do organismo.

Trata-se, portanto, de um sistema vital  para a nossa saúde, pois qualquer desequilíbrio no Sistema Endocanabinoide pode ser decisivo para o desenvolvimento e/ou progressão de doenças. A interação dos receptores endocanabinoides com seus principais ligantes regula e modula uma série de funções, como a função cardiovascular e gastrointestinal, as respostas imunológicas e inflamatórias, além dos processos de aprendizagemmemória e regulação das emoções.

As substâncias canabinoides podem ser produzidas pelo nosso próprio organismo – por isso, são chamadas de endocanabinoides ou canabinoides endógenos – ou podem ser encontradas na planta Cannabis – sendo chamadas de fitocanabinoides ou canabinoides exógenos.

Assim como a diversidade de canabinoides é grande, também é ampla a gama de situações para as quais essas substâncias podem ser medicinalmente úteis. Alguns exemplos incluem dores crônicas, transtornos neurológicos e doenças psiquiátricas. Além disso, a Cannabis pode ser um valioso adjuvante no tratamento do câncer

O receio no uso medicinal do THC está frequentemente associado ao seu potencial psicotrópico, que pode culminar em psicotoxicidade. No entanto, em contextos prescritivos assertivos, reações psicotóxicas decorrentes do uso dessa substância são raras e adequadamente manejáveis. Além disso, é importante ressaltar que o THC apresenta importantes atributos terapêuticos, inclusive quando comparados a outros fitocanabinoides, como o próprio CBD.

Houve respostas positivas no tratamento de:

  • cervicalgia (37,0%);
  • dores irradiadas para membros inferiores (35,2%);
  • dores irradiadas para irradiadas para membros superiores (9,3%)

Outros pontos favoráveis do uso do CBD nesses pacientes incluem:

  • melhora de quadros de insônia (25,9%)
  • redução da ansiedade (20,4%);
  • melhora global do humor (18,5%).

A maioria das pesquisas científicas sobre Cannabis medicinal têm o CBD e o THC como protagonistas. Contudo, existem numerosos estudos que investigam as propriedades terapêuticas de outros canabinoides. Um exemplo é esta pesquisa que sugere o potencial do Canabinol (CBN) em quadros de dor muscular crônica, como nos transtornos temporomandibulares e na fibromialgia.

Outro exemplo de canabinoide que pode ter utilidade na prática clínica é a tetra-hidrocanabivarina (THCV), como mostra esta pesquisa que investiga os benefícios da substância no controle da discinesia induzida por levodopa na doença de Parkinson.

canabigerol (CBG), por sua vez, vem chamando a atenção da comunidade científica por seu suposto potencial antineoplásico. Esta pesquisa, por exemplo, avaliou a relação entre o uso de CBG e a redução na progressão do glioblastoma, o câncer cerebral primário mais agressivo.

ácido canabidiólico (CBDA) – CBD em sua forma ácida – também reúne interessantes propriedades terapêuticas. Uma das mais conhecidas é seu potencial para inibir náuseas e vômitos. É o que revela esta pesquisa, comparando o uso de CBD e CBDA para este fim. O CBDA, além de demonstrar maior potência no combate aos vômitos, demonstrou também, ser uma alternativa viável no manejo de náuseas antecipatórias, para as quais ainda não existe terapia específica.

Outro fitocanabinoide em pesquisas é o ácido tetra-hidrocanabinólico (THCA) – THC em sua forma ácida. Ao contrário do THC, esse canabinoide não apresenta efeitos psicoativos importantes, sendo, portanto, uma opção de relevante perfil de segurança.

Entre as propriedades já evidenciadas, destaca-se o que releva esta pesquisa sobre como o THCA pode melhorar substancialmente os sintomas da síndrome metabólica associada à obesidade e inflamação, prevenindo a esteatose hepática, adipogênese e a infiltração de macrófagos nos tecidos adiposos.

Outros canabinoides, como o canabicromeno (CBC) e o a canabidivarina (CBDV), também são alvos de pesquisas científicas. Acredita-se que o primeiro é capaz de aumentar os níveis dos endocanabinoides naturais do organismo, como a anandamida, relacionada às sensações de bem-estar e felicidade.

Já a forma varínica do CBD, o CBDV, apresenta propriedades bem próximas do CBD e mostra-se potencialmente útil no controle de sintomas neurocomportamentais. É o que releva este estudo  que investigou o uso do CBDV na Síndrome de Rett, tanto para tratar as crises convulsivas, quanto para resgatar a performance de memória prejudicada pela doença.

A recente descoberta dos heptilfitocanabinoides canabidiforol (CBDP) e Δ9-tetrahidrocanabiforol (Δ9-THCP) acrescentou ao debate uma série de questões relacionadas à abundância desses novos compostos desconhecidos na Cannabis e suas potencialidades medicinais, como mostra esta pesquisa que investigou a presença desses compostos em 49 amostras da planta, representando quatro quimiovariantes diferentes.

Convém pontuar ainda, as recentes discussões acerca dos canabinoides sintéticos (SCs), tendo em vista que muitas dessas substâncias também são alvos de pesquisas científicas. Um exemplo é esta revisão bibliográfica que investiga o potencial terapêutico de SCs e os eventuais efeitos adversos observados. Neste e em outros estudos, os efeitos adversos foram considerados mais intensos no uso dos canabinoides sintéticos em comparação ao uso dos canabinoides naturais da planta.

É fundamental ressaltar que uma prática prescritiva assertiva é determinante para alcançar bons resultados, isso significa que é necessário basear a terapêutica com medicamentos à base de cannabis nas particularidades de cada quadro clínico e no contexto de cada paciente.

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A árvore da vida

Facebook: Testemunhas de Darwin
Instagram: fantasticandoofc

Todo mundo que já precisou fingir um sorriso sabe a imensa quantidade de energia que precisa ser direcionada para isso. Agora, imagine, ter que viver uma mentira e precisar fingir o tempo todo? Isso pode deixar qualquer um, literalmente esgotado física e mentalmente.

Instagram: teoriadomundo

Além disso, fingir que está tudo bem quando não está, pode levar a mente e o corpo a criar formas prejudiciais de lidar com a dor. Como é o caso de problemas emocionais graves, alcoolismo, desconexão e até suicídio.

Treeze-se: Prêmio Darwin, A Equação de Drake: Existe Vida Fora da Terra?, I AMazonia, Oh My Gog!, Busca por dinossauros é atração turística, Não Podíamos Ter Figos Sem Vespas., Gamers e o CVV, CVV nas mídias sociais

Ensino superior 2022 gratuito: veja como se inscrever

Está procurando uma oportunidade para fazer ensino superior de forma gratuita e na modalidade “a distância”?

Se fazer um curso superior à distância é uma boa alternativa, melhor ainda se a faculdade for pública e portanto o curso além de ser a distância será gratuito também. Para encontrar essas alternativas o melhor caminho é fazer uma consulta no catálogo do Ministério da Educação onde você poderá filtrar todas as universidades e faculdades públicas que oferecem o curso superior que você deseja na modalidade à distância. Com isso você está filtrando cursos EAD gratuitos ao mesmo tempo. Faculdade EAD: Faculdade a Distância

Cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior – Cadastro e-MEC

Se você é um servidor público municipal, estadual ou federal, procure na repartição onde você trabalha informações a respeito de cursos oferecidos à distância e financiados pelo estado ou pelo menos que ofereça pelo menos e facilitadores para o acesso a esse curso, pois acredito que existam muitas possibilidades que podem ser desconhecidos dos servidores internos.

Então aproveite para se inscrever em uma das 30 mil vagas oferecidas pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo, a Univesp. G1 Bauru e Marília

As inscrições para o vestibular 2022 abriram nesta terça-feira (22) e seguem disponíveis até o dia 25 de abril pelo site da Univesp.

Ao todo são 31.125 vagas do vestibular anual 2022, destinadas a 402 polos de 347 municípios (capital, litoral e interior).

São oferecidas vagas em nove cursos:

  • pedagogia;
  • letras;
  • matemática;
  • ciência de dados;
  • tecnologia da informação;
  • engenharia de computação;
  • engenharia de produção;
  • administração;
  • tecnologia em processos gerenciais.

Podem se inscrever as pessoas que tiverem terminado o ensino médio, até a data da matrícula.

As inscrições poderão ser feitas entre os dias 25 de março até às 23h59 de 25 de abril de 2022 pelo site https://www.vunesp.com.br/UVSP2102. No mesmo site está disponível o edital. A taxa de inscrição é de R$ 45.

Quem estiver inscrito no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico) pode pedir a isenção da taxa de inscrição entre os dias 22 e 25 de março de 2022. Também poderá ser concedida a redução de 50% do valor da taxa de inscrição em alguns casos.

A prova (objetiva e redação) será realizada no dia 22 de maio, às 13h, e os locais oficiais serão divulgados no dia 13 do mesmo mês. O início das aulas está previsto para agosto de 2022.

Também será possível, caso queira, fornecer os números de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), de 2019, 2020 e 2021, para que os resultados sejam considerados na prova objetiva e integrados à nota final.

Ensize-se: EadGuru, Elisa de Oliveira Flemer e o Homeschooling, Saúde financeira: 5 dicas para equilibrar as finanças, Universidades do mundo, Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz – UMAPAZ, Roda Viva – Ailton Krenak – 19/04/2021

O poço (El hoyo)

Há filmes que traduzem tão bem o zeitgeist, o espírito do tempo em que são gerados, que até parecem surgir por meio de algum fenômeno entre o espontâneo e o mágico, só esperando a oportunidade ideal e imperdível de juntar-se ao diretor e ao elenco mais adequado, talentosos antes de tudo por enxergarem seu potencial revolucionário de dizer as coisas mais óbvias de uma maneira original. GIANCARLO GALDINO – revista Bula

Poucos filmes sobre a degradação humana são tão perturbadores na história do cinema como o espanhol O poço (El hoyo), disponibilizado pela Netflix. O mais repulsivo de todos os tempos, quase unanimidade entre críticos e cinéfilos, é Saló ou 120 dias de Sodoma, lançado em 1975 pelo diretor italiano Pier Paolo Pasolini (1922-1975), que chegou a ser banido – ainda hoje é – em muitos países. Baseado em histórias do Marquês de Sade (1740-1814), o filme mostra o sequestro de um grupo de adolescentes, levados para uma mansão na Itália, em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial. Eles são submetidos a torturas sexuais, masoquismo e mutilações por quatro fascistas e quatro prostitutas durante 120 dias. Alguns são obrigados a comer fezes. Pasolini, assassinado antes da estreia do filme, disse que a cena de coprofilia era uma crítica à indústria do fast-food. Paulo Nogueira – Estado de Minas

A comida em O poço, ou a falta dela, é engraçado e ao mesmo tempo angustiante. A comilança é um clássico italiano de 1973, dirigido por Marco Ferrari e com elenco estelar: Marcello Mastroianni, Phillipe Noiret, Michel Piccoli e Ugo Tognazzi. Quatro homens de meia-idade bem-sucedidos – um comandante de bordo, um executivo de TV, um chef e um juiz – se reúnem na mansão do magistrado com grande quantidade de comida com o objetivo de se banquetear até morrer. Levam prostitutas para lá, mas são surpreendidos por uma professora que, incrivelmente, os orienta no objetivo suicida.

Contundente, de ironia ácida ao consumismo, que causa asco no decorrer da trama de comidaria e luxúria. Não tem violência física, tem violência moral, é um ataque à hipocrisia dos abastados, um delírio gastronômico e excludente tão degradante e perturbador quanto se vê em O poço, outra obra difícil de esquecer. É daqueles, literalmente, de revirar o estômago e de muitas reflexões.

O conceito original de “O Poço” justifica por si só o belo desempenho do filme de Galter Gaztelu-Urrutia no TIFF, o Festival Internacional de Cinema de Toronto, no Canadá, em setembro de 2019, ano em que foi lançado — embora tenha sido consagrado sob uma classificação alternativa, sugestivamente denominada Midnight Audience Award (Prêmio da Audiência da Meia-noite).

“O Poço” transcorre quase inteiramente dentro de um dispositivo arquitetônico meio futurista, meio camusiano, instalado num lugar cuja localização ninguém sabe ao certo — e, como uma espécie de piada pronta para nós, brasileiros, trata-se de um prédio abandonado em Franca, cidade no nordeste de São Paulo.

Ao longo dos ??? pavimentos, essa prisão vertical abriga uma fauna tão diversa a ponto de reunir num mesmo lugar estelionatários, assassinos e estupradores, mas também gente como Goreng, que só precisa de um pouco de sossego para ler um livro e de condições que o inspirem a largar o cigarro. O personagem, interpretado com entrega por Ivan Massagué, logo se apercebe do grande absurdo do Poço, um absurdo nada casual ou irrelevante: o edifício é cortado de cima a baixo por um vão por onde se desloca uma estrutura larga o bastante para comportar um banquete, de que usufruem integralmente apenas os prisioneiros do térreo. A partir do segundo nível, os detentos têm de se virar com as sobras deixadas pelos comensais do andar superior.

No roteiro de David Desola e Pedro Rivero, Goreng começa a história no 48° nível, confinado com Trimagasi, seu primeiro companheiro de cela, vivido por Zorion Eguileor, que alerta o novato para a inutilidade de qualquer sublevação, uma vez que todos estão sempre mudando de andar, e, por conseguinte, de parceiro — ou seja, é melhor se acostumar e não se apegar a quem quer que seja. Ainda que considere positivo o fato de poder se movimentar e dessa forma ter a oportunidade de mudar seu status — uma metáfora evidente sobre a mobilidade social.

Desola, Rivero e Gaztelu-Urrutia talvez tenham julgado a premissa do sobe e desce dos presos monótona demais e cada sequência de “O Poço” apresenta um enredo próprio, com inúmeras reviravoltas, uma mais dramaturgicamente densa que a outra, decerto para compensar essa exiguidade do cenário. Como advertira Trimagasi, se rebelar seria perda de tempo; o próprio Trimagasi, do veterano Eguileor, deixa claro que não tem compromisso com ninguém, tampouco sentimentos como piedade ou ao menos empatia por uma pessoa que encara a mesma provação que ele.

A fotografia de Jon D. Dominguez, que mergulha o filme num filtro vermelho-sangue em determinadas cenas, fazendo recrudescer a tensão e o fio dramático da trama a partir da segunda metade da história, é um detalhe técnico poderoso, capaz de conduzir o olhar do espectador. A abordagem do mote do ponto de vista do terror, claustrofobicamente intenso, empurra o filme num rio de sangue margeado por muita ação, mormente nos estertores do longa.

Galter Gaztelu-Urrutia, longe de requentar ideias de outros filmes congêneres ou semelhantes, faz um trabalho de ourivesaria, burilando sua obra-prima até chegar à perfeição, que tanto pode se referir à sociedade de um país qualquer da América Latina, desigual e injusto, como sobre o próprio gênero humano, onde quer que se estabeleça. É da natureza mesma do homem subjugar seu próximo e tirar dele todas as vantagens possíveis. Até um naco a mais de carne.

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Não é obra-prima. Pelo contrário, tem baixo orçamento (não revelado), segundo o diretor, e beira o trash e o mau gosto, com erros grosseiros de roteiro, mas desperta inúmeras reflexões políticas, sociais e filosóficas, ainda mais nestes tempos de pandemia e isolamento social, com crítica feroz ao capitalismo, ao consumismo, à exclusão e ao individualismo. Homens devorando homens, em todos os sentidos.

Idealismo versus realismo é outra batalha curiosa de O poço. Goreng leva um exemplar de Dom Quixote, clássico de Miguel de Cervantes (1547-1616), para a prisão. Considerado o maior livro da língua espanhola (e, por muitos críticos, da literatura mundial), Dom Quixote é paródia, alegoria, tem forte lastro no filme. É burguês e também herói romântico, enquanto seu fiel escudeiro, o realista Sancho Pança, é de classe social baixa. O relacionamento de ambos é o embate entre realidade e fantasia, burguesia e pobreza.

Todo espectador comum quer um final feliz, solução para a tragédia. Mas, na realidade humana, nem sempre é possível.

Crítica ao egoísmo e à falta de solidariedade, tudo a ver com a pandemia que vivemos ao mostrar a corrida desnecessária para estocar produtos.

Há boas reflexões filosóficas em O poço. Começando por “o homem é o lobo do homem”. O aforismo original (homo homini lupus), traduzido do latim, vem do dramaturgo romano Plautus (254-184 a.C.), mas ganhou força no mundo moderno com o filosófo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), autor do clássico Leviatã. Em suma, o Homo sapiens se aproveita dos mais fracos, seria um instinto de defesa para usurpar o que é dos outros, pondo-se acima deles, o bem-estar individual sobre coletivo.

Em outra frente filosófica, lembra o naturalista e biólogo britânico Charles Darwin (1809-1882), com a origem das espécies. Sem a razão, somos animais que se adaptam ao meio e prevalece o mais forte. Quando a fome fala mais alto, a civilização vira apenas uma fachada. O corpo é um animal orgânico como outro qualquer – se for preciso, parte para o canibalismo. É comer ou ser comido.

O filme remete também ao filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), com sua teoria do além-homem – a necessidade de superação do ser humano sobre seus limites – e a morte de Deus. Naquele poço, não existe Deus, apenas humanos brutalizados e sem fé. E não podemos esquecer o poeta italiano Dante Alighieri (1265-1321), no clássico A divina comédia, cujo inferno pune os gulosos. “Quanto mais se desce, maior o sofrimento.”

Sem comida não há vida. Mas sem solidariedade também não.

“O filme não trata de mudar o mundo, mas de entender e colocar o espectador em vários níveis, ver como ele se comportaria em cada um deles. As pessoas são muito parecidas entre si. É muito importante onde você nasceu – em que país e qual família –, mas somos todos muito parecidos. Dependendo da situação na qual você se encontra, vai pensar e se comportar de maneira diferente. Então, estamos provocando o público a entender os limites de sua própria solidariedade.”

O Poço trata da segunda necessidade básica do ser humano depois do oxigênio: a comida para matar a fome. O diretor espanhol Galder Gaztelu-Urrutia, de 46 anos, faz sua estreia em longa-metragem já jogando – de cara – uma verdade no colo do telespectador: “Existem três tipos de pessoas. As de cima, as de baixo e as que caem”.

Poze-se: INIMIGO MEU: Uma História sobre Guerra e Tolerância, Póstumo, Manipulador de Cérebros, Antes que eu vá, O Anjo de Auschwitz, A Natureza Humana é Selvagem! (Watchmen)

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

A conscientização sobre a urgência da economia deste recurso natural e como utilizado com cuidado é uma das principais metas do Dia da Água. saae bandeirantes A água limpa e potável é um direito. Mesmo o planeta Terra sendo constituído aproximadamente 70% de água, apenas 0,7% de toda a água do mundo é potável, ou […]

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Aguaze-se: Water Crisis in Pakistan, TERRA DE MINAS (Land of Mine) – COMPLETO HD, ANNIE EDSON TAYLOR, A torre de bambu que pode extrair até 75 litros de água por dia “do nada”

Hoje é um dia especial!!!

A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população. MOVIMENTO DOWN

Por alguma razão que ainda não foi cientificamente explicada, ou o óvulo feminino ou o espermatozoide masculino apresentam 24 cromossomos no lugar de 23, ou seja, um cromossomo a mais. Ao se unirem aos 23 da outra célula embrionária, somam 47. Esse cromossomo extra aparece no par número 21. Por isso a síndrome de Down também é chamada de trissomia do 21. A síndrome é a ocorrência genética mais comum que existe, acontecendo em cerca de um a cada 700 nascimentos, independentemente de raça, país, religião ou condição econômica da família.

As pessoas com síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. Se você é pai ou mãe de uma pessoa com síndrome de Down, o mais importante é descobrir que seu filho pode alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais e avançará com crescentes níveis de realização e autonomia. Ele é capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar. Poderá ler e escrever, deverá ir à escola como qualquer outra criança e levar uma vida autônoma. Em resumo, ele poderá ocupar um lugar próprio e digno na sociedade.

Dia Internacional das Florestas e da Árvore é comemorado anualmente em 21 de Março, no hemisfério norte. Calendarr

A data serve para conscientizar as pessoas sobre a importância que os biomas florestais possuem para o sustentamento da vida em todo o planeta. Várias organizações não governamentais, escolas e empresas promovem atividades de arborização e reflorestamento pelas cidades de todo o mundo, criando os chamados “espaços verdes”.

As florestas são apelidadas de “pulmão do mundo”, e não é a toa. As árvores ocupam cerca de 30% da superfície da Terra, sendo responsáveis pela fotossíntese – processo de produção de oxigênio a partir da absorvição de dióxido de carbono (CO2).

No Brasil, o Dia da Árvore e Florestas tem um significado ainda mais importante, já que o país acolhe a maior floresta do planeta: a floresta amazônica.

Outras Datas Comemorativas

Downze-se: Exposição fotográfica com síndrome de Down, Dia Internacional da Síndrome de Down, Eu tenho Down, Dia da árvore

Quando será a nova crise hídrica?!?

“Não podemos culpar só São Pedro, os reservatórios que estão aí foram construídos na década de 50 e 60. Aumentou a população e continuamos com o mesmo número de reservatório, isso já não é suficiente. Se não chove, você entra em uma crise, porque você não tem água para abastecer a todos”, explica Tércio Ambrizzi à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, é um dos autores presentes no Livro Branco da Água, que trata da crise hídrica e a seca de 2014 e 2015, no estado de São Paulo, organizado pelo pesquisador .

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) nega risco de nova crise hídrica e racionamento. Especialistas veem melhorias no sistema de abastecimento, mas falam que é preciso avaliar chuvas que começam em setembro e outubro.

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REPRESA ATIBAINHA, NA CIDADE DE NAZARÉ PAULISTA, NO INTERIOR DE SÃO PAULO, QUE INTEGRA O SISTEMA CANTAREIRA (FOTO: LUIS MOURA/ESTADÃO CONTEÚDO)

O Sistema Cantareira, maior reservatório de água da Região Metropolitana de São Paulo, que abastece cerca de 7,5 milhões de pessoas por dia, está em estado de alerta, isso ocorre quando a capacidade do reservatório fica abaixo de 40% e a vazão precisa ser reduzida de 31 mil litros de água por segundo para 27 mil litros por segundo.

De acordo com a empresa, foram 34 intervenções de pequeno, médio e grande portes realizadas para aumentar a segurança hídrica. As principais obras foram:

  • Interligação Jaguari-Atibainha, com transferências de 8,13 mil litros cúbicos por segundo do reservatório Jaguari, do rio Paraíba, para o reservatório Atibainha, do Cantareira;
  • Interligação Rio Grande para o Sistema Produtor Alto Tietê (SPAT), com transferência de 2,63 mil litros cúbicos por segundo da Billings para o SPAT;
  • Sistema São Lourenço, que amplia a oferta de água nova (é um novo sistema, não existia em 2014/15) tratada em até 6.400 litros de água potável por segundo, atendendo uma área que antes era abastecida principalmente pelo Cantareira – é uma quantidade de água a mais suficiente para abastecer toda a cidade de Curitiba. Bárbara Muniz Vieira, G1 SP, São Paulo
cantareira

desmatamento na floresta amazônica é também diretamente relacionado a falta de chuva no país, devido ao fenômeno dinâmico dos “rios voadores” que leva umidade a várias regiões da América do Sul. O processo ocorre da seguinte forma:

  • O vapor de água formado nas águas tropicais do oceano Atlântico encontra-se e é alimentado pela umidade da floresta amazônica.
  • Toda essa umidade atravessa a Amazônia até encontrar o paredão da Cordilheira dos Andes.
  • Ali, uma parte da umidade transforma-se em chuva e alimenta nascentes de grandes rios, como o Rio Amazonas.
  • A outra parte, é direcionada para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, ocasionando as chuvas. Toda Matéria

“Com a possibilidade de maior ocorrência de eventos climáticos extremos, devido a intensificação das mudanças climáticas, temos que avaliar se temos capacidade adaptativa frente a tais eventos e quais são os gargalos que impedem que se atinja a segurança hídrica”, disse Bruno Peregrina Puga ao Nexo.

INIMIGO MEU: Uma História sobre Guerra e Tolerância

INIMIGO MEU | Uma História sobre Guerra e TolerânciaCentral Pandora

Inimigo Meu é um daqueles filmes que sempre passavam nas tardes da TV aberta e é um clássico dos anos 80 que marcou muitas pessoas. Mas você sabia que Inimigo Meu é adaptação de uma novela muito premiada? E que o filme teve que ser todo refeito no meio das gravações?

No vídeo de hoje vamos falar sobre Inimigo Meu e os seus bastidores complicados, além é claro da importante mensagem por trás da história entre dois soldados que passam a aprender a amar um ao outro.

Lançado em 1985, Inimigo Meu é um filme que ficou esquecido por muitos, mas que merece destaque não só por causa do seu roteiro e incríveis atuações, mas por efeitos especiais incríveis e que envelheceram muito bem.

Inimigo Meu Filme completoBravo Correia

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– Há 2 anos, quem acertou? A grande diferença de respeito às pessoas do Restaurante Madero e das Lojas Cem!

Há 2 anos, tivemos no início da pandemia um comportamento de extremos de duas empresas significativas: Madero e Lojas Cem. Vale a pena relembrar a visão de ambas: Está repercutindo em todo o Brasil a fala arrogante, egoísta e equivocada do Chef Junior Durski, proprietário da rede gastronômica Madero, a respeito da pandemia e o […]

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E se Karl Marx vivesse hoje em dia? Socialismo vs ou = Capitalismo

E se Karl Marx vivesse hoje em dia? Socialismo vs CapitalismoJovens de Negócios

Contexto da revolução industrial e o nascimento do capitalismo – como conhecemos – e comunismo.

Marx nutriu seus ideais comunistas no início do séc XIX, no período da primeira revolução industrial.

Antes da 1º revolução industrial o trabalho era feito por artesãos que produziam produtos dentro de suas casas ou oficinas familiares, e com a revolução industrial, esse trabalho passou a ser desenvolvido em fábricas com a utilização de máquinas.

As revoluções industriais do século XIX, permitiram o surgimento da nova burguesia: os comerciantes, aristocratas e empresários que eram os donos das fábricas e dos meios de produção; e com o surgimento dessas fábricas, também surgiu o proletariado – a classe de trabalhadores responsáveis por operar as máquinas e gerar lucro para os novos empresários.

Seze: Marx escreve uma carta de repúdio ao professor, Xibom Bombom, La Conquête du pain, ou A Conquista do Pão, Salário necessário, O que a história de dois superdotados revela sobre o Brasil, Ilha das Flores

Expedição pelas nascentes do Rio Sumaré

A mini-expedição para conhecer algumas nascentes do Rio Sumaré aconteceu em 25/08/2018, e foi possível ver como as pessoas se relacionam com essas águas urbanas, discutir e sonhar possíveis soluções. Existe água em SP

Expedição pelas nascentes do Rio Sumaré – Facebook

Embaixo de todos esses prédios, carros, avenidas, casas, shoppings e viadutos, há inúmeros cursos d’água invisíveis. Dois deles delimitam a Vila Pompéia: os córregos Água Preta e Água Branca, esse último também conhecido como Sumaré.

“O rio não morre, ele está vivo, ainda que soterrado em lugares que poderiam tê-lo incorporado à paisagem”, conta Andrea Pesek. Vila Pompeia

“Trecho do levantamento Sara Brasil, da cidade de São Paulo de 1930. Notam-se ocupações pontuais no bairro da vila Pompéia, na várzea do córrego da Água Preta não ocupada e a várzea do córrego da Água Branca, entre a vila Pompéia e Perdizes, com ocupações pontuais.” – Vania Tramontino, O Espaço Livre na Vida Cotidiana, FAU/USP, 2011. Desejos Urbanos