“Se o que a obra de arte faz […] é desocultar a verdade de um ente, revelando o seu ser e abrindo um mundo que inquieta o observador, levando-o ao conhecimento e produzindo história, então as pixações são obra de arte. São indiscutíveis a inquietação e as discussões que provocaram”, em artigo publicado em junho de 2016, o professor da UFRJ, Luiz Felipe da Cunha. Rebeca Letieri – Jornal do Brasil
Quarenta e cinco anos depois do prefeito de Nova York declarar guerra contra o grafite em 1972, o tema ainda causa polêmica. Naquela época, o prefeito John Lindsay começou uma enorme gastança tentando apagar os trens e capturar os artistas. Até 1989, Nova York tinha gastado mais de US$ 300 milhões nessa ‘guerra’, numa época em que os trens mal funcionavam. TIAGO FERREIRA, VIX
“O grafite foi reconhecido no Brasil pelo que os artistas fazem nas ruas. Chegou um momento em que a qualidade era tamanha, que as pessoas passaram a perceber a importância desse trabalho para a cidade e para as ruas”. Kobra – TIAGO FERREIRA, VIX
O artista é frequentemente citado pelo prefeito como um de seus grafiteiro favoritos, João Doria chegou a anunciá-lo como coordenador do programa Arte Urbana, que faria oficinas de grafite, mas Kobra o desmentiu.
“Comecei na pichação, minha origem é na periferia. Tenho vários amigos pichadores. Jamais vou me envolver com algo que seja contrário a qualquer manifestação de arte na rua. Não tenho nada a ver com isso, se não estaria indo completamente contra as minhas origens”. HuffPost Brasil.
O mural “Todos somos um”, realizado pelo brasileiro Eduardo Kobra para a Rio 2016, foi reconhecido como o maior grafite do mundo pelo “Guiness world records”, a pintura é inspirada nos aros olímpicos e representa a paz e a união entre os povos. Kobra
Use essa ferramenta poderosa chamada internet de forma inteligente, use pra buscar conhecimento, estudar sobre a história do graffiti e não apenas pra se auto afirmar postando milhões de fotos semanalmente. Graffiti foi, é e sempre será na rua. Gueto – Família Santos FC. SubsoloArt
“Grafitar é fazer onde quiser, quando quiser, com a cor que quiser. A partir do momento que tem qualquer conotação comercial, o grafite perde a essência”. Gueto – TIAGO FERREIRA, VIX
“In a country where stealing is an art, pixo is crime.” Djan I. CRIPTA DJAN
Cripta Djan é considerado por seus pares um expoente do picho brasileiro, e participou da ação, tida como uma das mais ousadas e cuja escalada é até hoje considerada um recorde de altura entre pichadores. GIL ALESSI – El País
“Uma pintura bem executada, feita em condições adversas e restrições de tempo é muito mais impressionante do que uma obra realizada sem risco”, Eric Felisbret, autor do livro “Graffiti New York”, “o debate sobre se grafite é arte ou crime é inútil porque, idealmente, é as duas coisas”. TIAGO FERREIRA, VIX
“O picho trabalha com a questão da transgressão, do reconhecimento, da radicalidade, de você afrontar a polícia diretamente. Existe esse enfrentamento, e não é só com a polícia, é com a sociedade também. Isso para um jovem da periferia é muito motivador”, o picho foi a ferramenta encontrada para canalizar toda a energia e as frustrações que acompanham “o jovem morador da periferia“. GIL ALESSI – El País
O Dia Nacional do Grafite é 27 de março e foi instituído após a morte de Alex Vallauri (1949-1987), que ocorreu nesse dia, no ano de 1987, que é considerado um dos precursores do grafite no Brasil. Etíope, chegou a São Paulo em 1965. Estudou gravura e formou-se em Comunicação Visual pela FAAP. Em 1978, passou a fazer grafites em espaços públicos da cidade. Valéria Peixoto de Alencar – UOL EDUCAÇÃO
“[Pichadores] são agressores, são destruidores. Não vamos fraquejar contra os pichadores. Ou mudam de profissão ou mudam de cidade”, afirmou o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). Especialistas e pichadores ouvidos pelo EL PAÍS afirmaram que a estratégia de confrontação adotada pela gestão tucana pode ser um tiro no pé, e incentivar mais jovens a pichar. GIL ALESSI – El País
A ação faz parte do programa Cidade Linda, que prevê reparo em calçadas e pintura de muros em vários bairros da capital. Depois de apagar parte do mural de grafites da avenida 23 de Maio, um dos mais tradicionais de São Paulo, Doria mostrou satisfação: “Pintei com enorme prazer três vezes mais a área que estava prevista para pintar, exatamente para dar a demonstração de apoio à cidade e repúdio aos pichadores”. GIL ALESSI – El País
Talvez a obra de arte mais censurada da história seja L’Origine du Monde (“A origem do mundo”), pintada em 1866 pelo realista Gustave Courbet, a pedido do diplomata turco otomano Khalil-Bey, colecionador de imagens eróticas. A obra foi exposta publicamente pela primeira vez em 1995 no Musée d’Orsay, Paris onde ainda se encontra. Luiz Felipe da Cunha e Silva – vitruvius
Para antropólogo e professor da Unifesp Pereira, além da desigualdade social, espacial e da desorganização da cidade, uma parcela da população é levada para a pichação porque ela oferece “visibilidade e projeção social para o jovem periférico, que resolve circular e ocupar o centro da cidade”. “É preciso fomentar práticas e políticas públicas para que este jovem se expresse de outras maneiras que não o picho, e isso não tem sido feito”, diz o professor. GIL ALESSI – El País
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