O diretor Alejandro Brugués se perguntou o que aconteceria se uma epidemia zumbi afetasse a socialista Cuba.
O protagonista, Juan (Alexis Díaz de Villegas), é o malandro cubano. Ele não trabalha, prefere rum a alimentos, é divorciado, tem uma relação conturbada com a filha e gosta de se divertir com a mulher do vizinho. Quando é convidado pelo amigo Lazaro (Jorge Molina) a fugir para Miami, ele responde com sinceridade: “Mas lá eu ia ter que trabalhar”.
Uma epidemia misteriosa transforma os cidadãos em mortos-vivos. Pela televisão, a imprensa logo anuncia que a epidemia é obra de dissidentes cubanos financiados pelo governo norte-americano. Mariane Zendron – Do UOL, em São Paulo
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Outro título da Mostra exibe uma Hungria de 30 anos atrás. O Lago Balaton, dirigido por Péter Forgács, até poderia servir de prólogo a este conjunto de filmes que retratam a Europa após a queda da URSS. O famoso lago já foi tema de um drama húngaro em 1932 (The Verdict of Lake Balaton), e este agora é um documentário que trata da relação da Hungria com a então Alemanha Oriental. Imagens de arquivo, incluindo videos domésticos, e imagens feitas pela Stasi, a polícia secreta da Alemanha socialista, indicam como era a vida nos anos 60, 70 e 80 no balneário húngaro e como ele servia de paraíso para os alemães confinados da Alemanha Oriental. Um documentário convencional, recheado de depoimentos de quem viveu àquela época, mas que chegam a assustar. Afinal, há tão pouco tempo os alemães viveram situações surreais, não lhes sendo permitido cruzar fronteiras, exceto com a Hungria.
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