Como é que poderia não dar?

“Ver um público emocionado com o que eu estou a fazer é um privilégio enorme. Sei que todos os músicos dizem isso, mas é mesmo. O carinho do público salvou-me”, em entrevista ao “New York Times”, Nick Cave explica porque continua em digressão após perder dois filhos. Expresso – 14 SETEMBRO 2022

Arthur, de 15 anos, que perdeu a vida em 2015, após cair de um penhasco, e Jethro, de 31, que faleceu este ano. A propósito do lançamento do livro “Faith, Hope and Carnage”, que compila horas de conversas do músico com o jornalista Seán O’Hagan e sai no final deste mês.

“Tento escrever do ponto de vista de que algumas coisas arrasadoras que nos acontecem na vida podem ser, ao mesmo tempo, redentoras e belas”, afirma Nick Cave, que confessa acreditar haver sempre “uma saída.

“O meu temperamento religioso, que sempre existiu, foi potenciado depois da morte do Arthur. Às vezes sinto-me mais ativo espiritualmente do que outras, mas sempre vivi nesta luta entre a minha crença religiosa e o meu ceticismo racional, que dantes encarava como uma falha religiosa. Agora, algo mudou e já não o vejo como falha. Olho para a falha como a experiência religiosa em si.”

“Acho que a heroína não tem grande valor [no processo criativo]. A partir de certa altura, impede-te de seres responsável do ponto de vista criativo, porque estás a viver a tua vida às mãos de uma droga. Com a heroína, levantas-te e tens de te injetar, ou ficas doente. Então injetas-te e mais tarde precisas de te injetar outra vez. Desde que tenhas dinheiro e acesso à droga, até é uma vida com estrutura. Se não tiveres dinheiro, é o caos: não recomendo. Defenderia a legalização da heroína, no sentido em que te permita ir a algum lado consumi-la em segurança. O que é incrivelmente destrutivo e perigoso é o caos em redor desta droga. A ilegalidade é a razão pela qual tantas pessoas morrem por consumirem heroína”.

Palavras Perdidas: Nick Cave, Keith Flint, Timeout, Leonard Coen, L7, Kurt Cobain Graphic Novel, Sublime – Santeria, Judas e a PNL

Nick Cave

http://vimeo.com/105796542
20.000 Dias na Terra – Destak Jornal Brasil

Nick Cave Official

http://vimeo.com/19134509

Where The Wild Roses Grow (Feat. Kylie Minogue) – Nick Cave & The Bad Seeds

They call me The Wild Rose
but my name was Elisa Day
Why they call me it I do not know
For my name was Elisa Day

From the first day I saw her I knew she was the one
As she stared in my eyes and smiled
For her lips were the colour of the roses
That grew down the river, all bloody and wild

When he knocked on my door and entered the room
My trembling subsided in his sure embrace
He would be my first man, and with a careful hand
He wiped at the tears that ran down my face

On the second day I brought her a flower
She was more beautiful than any woman I’d seen
I said, “Do you know where the wild roses grow
So sweet and scarlet and free?”

On the second day he came with a single red rose
Said: “Will you give me your loss and your sorrow?”
I nodded my head, as I lay on the bed
He said, “If I show you the roses will you follow?”

On the third day he took me to the river
He showed me the roses and we kissed
And the last thing I heard was a muttered word
As he knelt above me with a rock in his fist

On the last day I took her where the wild roses grow
And she lay on the bank, the wind light as a thief
As I kissed her goodbye, I said, “All beauty must die”
And lent down and planted a rose between her teeth

Veja também: My Favourite Game, Nightswimming, Aquela Paz, Cheirando Cola, Meu nome é Jonas, Assédio moral (bullying, manipulação perversa, terrorismo psicológico)., Pessoas criativas são mais propensas à depressão e dependência química, Religião mental