Grandes marcas ressignificam a palavra luxo

As primeiras grandes marca a anunciarem que alterariam suas plantas fabris para produzir uniformes médicos e máscara na Itália foram Gucci, Armani, Valentino, Prada, Salvatore Ferragamo, Fendi e Miroglio. Para isso, as marcas precisaram de certificações que foram concedidas em menos de 10 dias. A maioria entrega os tecidos às costureiras que trabalham em casa. Mas a Prada, por exemplo, manteve sua fábrica aberta em Peruggia, exclusivamente para essa nova produção. Os trabalhos adaptados, que começaram dia 18 de março, tinham como meta entregar até a semana anterior à Páscoa 110 mil máscaras de proteção e 80 mil jalecos médicos. A Gucci deve produzir um milhão de máscaras e o grupo Armani também alterou toda a sua linha de produção para confeccionar macacão de proteção para uso único, e, no dia 23 de fevereiro de 2019, decidiu fazer o desfile sem público para evitar aglomerações na Fashion Week de Milão. Marcia Carinicasa.com.br

A produção dos perfumes mais caros do mundo foram interrompidas para dar espaço a tonéis de álcool gel. A LVMH, que é um grupo francês responsável pelos perfumes de grandes grifes – Dior, Givenchy e Gerlain – deve entregar cerca de 12 toneladas de álcool gel – atualmente, artigo de primeira necessidade.

No mundo, o principal fabricante de respiradores artificiais – máquina fundamental no tratamento de pessoas acometidas com a forma grave da doença – é o grupo suíço Hamilton Medical. Eles têm capacidade de produzir 220 aparelhos por semana e se organizaram para dobrar esse número. Empresas como a Airbus, a Ford, A Rolls Royce, a Siemens e a Mercedes Benz estão mudando suas fábricas e ampliando as junções com fornecedores de peças para produzir esses equipamentos. A McLaren e a Universidade de Southampton criaram o protótipo de um capuz com capacidade de proteger profissionais de saúde. O novo equipamento entrega ar limpo, 99,6% livre de bactérias, a quem o usa. As iniciativas dessas grandes marcas começaram no Reino Unido, foram adotadas por outros parques industriais na Europa, e se ampliaram para os Estados Unidos.

No Brasil, a fábrica da Mercedes Benz foi a primeira a se estruturar para a produção de respiradores de baixo custo. Mas o Senai fez uma parceria com onze grandes empresas para consertar respiradores que estão parados por falta de manutenção. Arcelor Mittal, Fiat, Ford, GM, Honda, Jaguar, Land Rover, Renault, Scania, Toyota e Vale estão juntos no recolhimento e organização desse material. Segundo a Associação Catarinense de Medicina e a Lifeshub Analytics, estima-se que chegue a 3600 o número de respiradores encostado por falta de manutenção. Além disso, com o aumento da pandemia, muitos aparelhos deverão ser revisados devido ao uso intenso. A ideia é que tanto as linhas industriais estejam preparadas para isso (higienizadas e com as ferramentas adequadas) quanto os técnicos estejam treinados para a realização dos consertos ou, quem sabe em breve, a montagem de novas máquinas.

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