A Teeter-Totter Wall, uma instalação interativa temporária projetada pelos arquitetos californianos Ronald Rael e Virigina San Fratello, ganhou o 2020 Beazley Design of the Year, um prêmio e exposição anual administrado pelo Design Museum de Londres. Gazeta News
A instalação, que ocorreu em julho de 2019, consistia em três gangorras rosa brilhante encaixadas nas aberturas da parede de aço da fronteira que separa os Estados Unidos e o México. Ela permitiu que crianças de El Paso, Texas, e da comunidade Anapra em Juárez, México, brincassem juntas, apesar do muro de 6 metros, que fica na fronteira mais cruzada do mundo e é um local contínuo de disputa política.
Enquanto os muros não caem e as fronteiras seguem existindo, a imaginação tenta modificar a realidade. Professor de arquitetura da Universidade da Califórnia Berkeley, Ronald Rael teve a ideia em 2009, mas foram necessários oito anos até que ela ganhasse forma. “Nós decidimos tentar a criação de um evento, com gangorras, a fim de unir as pessoas ao longo da fronteira entre Estados Unidos e México”, explicou Rael ao Correio. Rodrigo Craveiro
“As ações de um lado têm consequências sobre o outro lado”, afirma o arquiteto, ao analisar o simbolismo de sua criação. “Trata-se de uma experiência atual com pessoas de cada lado (da fronteira), conectadas entre si através da barreira que as divide”, acrescentou Rael, que contou com a ajuda de Virgínia San Fratello, professora de design na Universidade Estadual se San Jose (Califórnia) e sócia em um estúdio de arquitetura.
As gangorras foram instaladas no muro entre as cidades de Ciudad Juárez (México) e El Paso (Texas, Estados Unidos). Segundo Rael,a intenção também foi demonstrar como relações imediatas entre as pessoas criam um ambiente no qual a felicidade e o brincar são importantes aspectos da vida na fronteira e as relações entre vizinhos superem questões políticas e se tornem humanísticas.
O projeto recebeu o prêmio de Design do Ano de 2020 do @designmuseum. As gangorras foram criadas pelo estúdio Rael San Fratello, e fazem parte de uma instalação temporária, criada para conectar crianças dos dois países. O projeto, que durou somente 40 minutos, foi pensado para fomentar um sentimento de união em meio às políticas migratórias restritivas do governo de Donald Trump. Via @casavoguebrasil – Linkedin
De acordo com o diretor do Museu de Design de Londres, Tim Marlow, a obra é um lembrete criativo de como os seres humanos podem transcender as forças que procuram dividi-los. Já para a arquiteta Virginia San Fratello, uma das responsáveis pela instalação, as gangorras ressaltam que os muros não são funcionam. “Os muros não mantiveram os manifestantes violentos fora dos edifícios do governo e não mantiveram a covid-19 fora do nosso país. Devíamos construir pontes, não muros”, disse ela. Márcio Doege
Gangoze-se: LAMENTO DE UM RIO…, Kobra, personalidade do ano em Nova York, Raju, Adeus Lênin, De Brocha Na TV, Grafite são artes públicas, Respeito É Pra Quem Tem, Os heróis anônimos que emprestaram seus corpos à luta pelos direitos civis nos EUA