O monólogo “O filho eterno” entrou em cartaz na data de 2011, peça do repertório da Companhia Atores de Laura, que lhe rendeu os prêmios Shell e APTR, em 2012. O espetáculo fala das dificuldades de um pai ao lidar com o filho que nasce com Síndrome de Down. RENATA LEAL – O Globo
O livro em suas duzentas e vinte e duas páginas: as vicissitudes, o calvário e as amarras de um jovem escritor ao receber a notícia de que seu primeiro filho era portador da Síndrome de Down e a peregrinação vital em torno desse fato até sua liberta aceitação.
É a história do relacionamento de pai e filho – e, pela orelha do livro, somos informados de que se trata de um relacionamento com “dificuldades, inúmeras, e as saborosas pequenas vitórias”. Além disso, trata-se de um “livro corajoso” – o escritor é considerado corajoso ao relatar parte de sua vida, ao expor sua família e sua intimidade. passeiweb
O fato de não fugir do tom duro, severo mesmo, da obra original, é um mérito do roteiro. Depois do baque inicial da notícia, Roberto enxerga a luz no fim do túnel quando “descobre” que crianças com Down “morrem cedo”. Não é fácil. Nem mesmo para a audiência.
O roteiro de Leonardo Levis traz soluções criativas para um material de origem tão subjetivo, ao mesmo tempo em que não evita armadilhas comuns ao processo de transposição do papel para a tela (caprichado trabalho da direção de arte, maquiagem e figurino), quando havia menos informações ainda disponíveis a respeito da alteração do cromossomo, e termos como “mongol” eram considerados “aceitáveis” para se referir à condição. Adorocinema
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